A Operação Prato
Operação Prato é o codinome de uma
operação militar realizada pelo 1° Comando Aéreo Regional – I COMAR, órgão
da Força Aérea Brasileira sediado
em Belém, capital do Pará, para investigar o aparecimento e movimentação dos
chamados objetos
voadores não identificados – OVNIs, em áreas dos municípios de
Vigia, Colares e Santo Antônio do Tauá. Esses objetos receberam nos registros
militares a alcunha de corpos luminosos e estavam associados a estranhos
fenômenos relatados por moradores e autoridades, amplamente noticiados pela
imprensa, que reportavam ataques a população pelos objetos através do uso de
raios luminosos que supostamente causavam na vítima queimadura, perda de
sangue, marcas de agulhas e até a morte, além de uma série de sintomas clínicos
como paralisia e tremores. O fenômeno ficou conhecido pelo nome de chupa-chupa. Entre os meses de outubro e
dezembro de 1977 foram realizadas duas missões pelos agentes de inteligência do
serviço de informações e por uma equipe médica militar do I COMAR. A
operação teria sido encerrada oficialmente no final de dezembro de 1977, mas
documentos oficiais indicam que outras missões com objetivo específico
relacionadas a investigação de OVNIs foram realizadas durante o ano de 1978.
A Operação Prato surgiu dentro de um contexto mais amplo, onde
uma grande onda de observações de OVNIs estava sendo relatada desde a Baixada
Maranhense até a divisa com o estado do Pará, na região do Rio Gurupi e a
cidade paraense de Viseu. A onda percorreu o litoral do Pará, chegando em
outubro a Baia do Marajó e a capital Belém. Durante o deslocamento do fenômeno OVNI,
houve ampla cobertura da imprensa, do rádio e da televisão, que divulgaram
histórias de encontros traumáticos desses objetos com habitantes de vilas e
povoados, que causaram enorme terror entre as populações locais. O epicentro da
onda ufológica está relacionado a um estranho incidente com alguns pescadores
em fins de abril de 1977, na Ilha dos Caranguejos no Maranhão, com uma vítima
fatal e outro gravemente ferido. Essa onda surgida no Maranhão, também foi
acompanhada por outro serviço militar de informações subordinado ao 4.º
Distrito Naval da Marinha do Brasil, que produziu informes de
inteligência sem que tenha sido montada uma operação militar específica de
investigação do fenômeno. Também se envolveram nas investigações o
extinto Serviço
Nacional de Informações – SNI e o Centro
de Informações de Segurança da Aeronáutica – CISA.
Documentos oficiais, jornais da época e documentos militares
vazados são os principais registros do período. O acervo oficial é composto por
documentos liberados pela FAB e documentos do SNI liberados pelo Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República, todos sob guarda do Arquivo Nacional em
Brasília. Os documentos e imagens vazados não chancelados oficialmente estão
uma parte sob guarda da Revista UFO (relatórios, desenhos,
croquis), outra pelo site Burn (fotos e fotogramas) e outra
pelo site operacaoprato.com (relatório médico, informes da
Marinha). Existem outras fontes de apoio à análise da documentação disponível,
principalmente entrevistas dadas por militares envolvidos diretamente no trabalho
de campo e civis envolvidos nos eventos relatados, publicadas em livros ou
periódicos.
No geral, a comunidade ufológica nacional acredita que os
fenômenos investigados pela Operação Prato foram de origem extraterrestre e os
queimados e vampirizados vítimas de experiências de seres alienígenas. Essa
hipótese está amparada principalmente nas declarações de personagens
importantes, como o chefe da Operação Prato e a médica da unidade de
atendimento de Colares. Outros militares participantes da operação manifestaram
opiniões diferentes, além de alguns personagens civis. Um número restrito de
ufólogos e pesquisadores da comunidade ufológica defendem alternativas não
extraterrestres. O fenômeno chupa-chupa estaria ligado a comportamentos sociais
e a psique humanas e os fenômenos aéreos
originados de uma operação aérea estrangeira ou de natureza terrestre ainda não
esclarecida.
Ilha dos Caranguejos[editar | editar
código-fonte]
A Ilha dos Caranguejos está localizada
na baía de São Marcos,
Maranhão, próxima à capital São Luís. É
desabitada e sujeita a inundações pelas marés.
No dia 25 de abril de 1977, quatro homens se dirigiram a Ilha
dos Caranguejos de barco, para a coleta de madeira. Após a coleta, por força
das marés, precisariam esperar até a meia-noite para que a maré subisse
novamente e o barco conseguisse navegar. Por volta das 20h foram dormir. Um
deles, Apolinário, acordou às 5h e logo foi acudir Auleriano e Firmino, ambos
reclamando de dor. Apresentavam queimaduras de segundo grau. O quarto homem,
José, deitado na rede, estava morto. Apolinário levou-os para o continente. A
polícia maranhense investigou o caso e nunca chegou a uma conclusão. Os três
sobreviventes nunca lembraram dos acontecimentos daquela madrugada, mesmo
após hipnose regressiva pelo doutor Sílvio
Lago. A única referência do causador da tragédia foi atribuída a um dos
sobreviventes que teria dito a um dos médicos do hospital no qual foi atendido
que "viu um fogo", desmaiando em seguida.
O Instituto Médico
Legal do Maranhão determinou a morte de José por hipertensão arterial,
gerando um acidente
vascular cerebral, devido a choque emocional. Os ferimentos de
Firmino e Auleriano foram comprovados em corpo de delito.
A imprensa maranhense rapidamente noticiou a tragédia.
O Jornal Pequeno em 29 de abril de 1977 noticiou: "Misterioso
Acontecimento na Ilha dos Caranguejos". O Estado do Maranhão em
1 de maio:"Sobreviventes do mistério da ilha dos Caranguejos estão
incomunicáveis". O mesmo jornal em dias posteriores continuou a
dar cobertura ao caso.
O jornal O Liberal de Belém, Pará, associou o
caso às estranhas luzes voadoras não identificadas sobre municípios do
Maranhão. Registrou também que os noticiários de televisão da capital São Luís
divulgavam as ocorrências das estranhas luzes em Cajapió. E mais, conta uma história detalhada
sobre o que ocorreu no barco, sobre uma luz brilhante que invadiu o porão da
embarcação, vinda de um "objeto volumoso e pesado", contrastando
com os depoimentos conhecidos dos sobreviventes de que nada lembram dos
acontecimentos daquela noite.
Duas hipóteses surgiram
na época para explicar o caso: algum tipo de descarga elétrica de fenômeno
atmosférico, como um raio,
defendido por médicos e policiais ou a ação mortal das luzes voadoras, os
famosos discos voadores.
A Baixada Maranhense
Mapa de
Municípios do Maranhão com relatos de OVNI em 1977.
O jornal O Estado do Maranhão em 14 de julho de 1977
noticiou encontros com estranhas luzes voadoras relatados pela população
da Baixada Maranhense, microrregião com 21 municípios,
geograficamente próxima à ilha dos Caranguejos. No município de São Bento,
um lavrador viu um misterioso objeto que de tão luminoso caiu do cavalo e
desmaiou. Na fazenda Ariquipa, um homem foi queimado por uma tocha vinda de uma
grande bola. Em Bom Jardim,
uma mulher teria sido atingida por um raio emitido por uma bola de fogo e
desmaiou, sem queimaduras.
No município de Pinheiro uma
viatura policial foi perseguida por um OVNI que emitiu sinais luminosos,
interpretados como uma tentativa de comunicação. No município de São Vicente
Ferrer, o delegado teria sacado um revólver para atirar num OVNI
sobre sua residência, mas a forte luz emitida o impediu.
Na capital federal, o Jornal de Brasília,
em 30 de julho de 1977, trazia informações, dando conta da extensa área
geográfica onde haviam sido observadas luzes no céu. Habitantes dos municípios
de Perimirim, São Bento, Santa Helena,
Pinheiro, Guimarães e Bequimão na Baixada Maranhense sofriam
crises nervosas. O líder do Governo na Assembleia Legislativa, conta que ele e
mais cem pessoas teriam visto um ponto de luz irradiando focos de luz no Porto
de Itaúna e que os "lavradores temem também ser vítimas da luz que
queima e adoece a quem ela atinge". O deputado estadual, porém,
alertou não haver registro de queimaduras. A notícia finalizou com uma
estimativa grandiosa do Coordenador de Segurança do Estado: 50% da população da
Baixada Maranhense já teria visto o “estranho objeto”.
Medo e pavor em Viseu
O município de Viseu no Pará, localiza-se às margens
do Rio Gurupi, fronteira natural entre os estados
do Pará e Maranhão.
A imprensa também registra nesse município o aparecimento de
luzes no céu e supostos ataques com raios à população, além da presença de uma
entidade capaz de sugar sangue de suas vítimas. O período temporal das notícias
no Pará coincide com o das publicadas no Maranhão. Em 10 de julho de 1977,
várias histórias foram publicadas sobre a "lanterna com luz forte"
que rondava os arredores de Viseu, como Curupati, Urumajó e Itaçu; por exemplo,
a de dois moradores mortos após serem chupados por uma luz voadora, mas o
delegado e um deputado esclareciam que ninguém sabia informar a identidade das
vítimas.
Em 11 de julho de 1977, uma extensa matéria é publicada com
diversas histórias. Na Vila do Piriá, a 14 km de Viseu, "a luz do
Diabo" causou uma doença num morador, acabando com sua vitalidade.
Informava que dezenas de caboclos do lugar
haviam vivido aventuras com a luz voadora. Na Vila do Itaçu, 15 km de
Viseu, ninguém havia visto a luz, mas todos acreditavam. Em Viseu, um menino de
nove anos teria sido envolvido por uma luz amarela que depois subiu ao céu em
velocidade vertiginosa, tendo ficado
acamado por três dias com tremores e febre. Dois pescadores teriam visto
um "tamborão" luminoso e voador se aproximar da
canoa onde estavam. Um caçador teria sido atingido pela luz em seu braço,
dizendo que ela parecia furar sua carne e osso "e sentiu que toda a sua
vitalidade estava sendo sugada".
Os fenômenos
na Baía do Marajó
Entre o município de Viseu e a Baía do Marajó temos uma extensa
faixa de litoral, pelo qual as luzes voadoras foram deixando rastros. Antes de
chegar à Baía, há registros de observações e ataques de raios de luz em vários
municípios, como Quatipuru e Maracanã,
situados no Pará.
Em 18 de outubro de 1977, a população do município de Vigia, 99 km de Belém, presenciou às
18h45min o ostensivo surgimento de objetos cruzando o céu, causadores,
aparentemente, de um apagão de energia elétrica. O prefeito relata ter ouvido
rumores nas ruas “dando conta que um objeto estranho cruzava os céus em
espantosa velocidade e lançando uma luz amarela. Como já tivesse ouvido falar
na aparição desses objetos, correu até a janela de sua casa, divisando então a
olho nu quando um subia da Ilha de Tapará, que fica localizada por trás da
cidade, sem ruídos e sem deixar rastros tomava rumo do povoado de Santo Antônio
de Ubintuba”. A reportagem de 20 de outubro de 1977 do jornal A Província do Pará sobre
objetos sobrevoando Vigia e sobre o desespero reinante no
povoado de Santo Antônio do Ubintuba ("Ubintuba pode ser abandonada”),
acrescida da manifestação do prefeito claramente a favor da ajuda militar,
coloca em cena o Primeiro Comando Aéreo Regional, o I COMAR, órgão da Força
Aérea Brasileira, sediado em Belém.
Registros
militares
O acervo documental da Operação Prato é composto por documentos
oficiais liberados pela Força Aérea Brasileira - FAB, documentos do Serviço
Nacional de Informações - SNI liberados pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República - GSI, todos sob guarda do Arquivo Nacional,[24] e centenas de páginas de
documentos, como relatórios e imagens fotográficas, vazadas ao público
principalmente nas décadas de 80 e 90 do século passado e mais recentemente em
2017. O primeiro documento vazado foi publicado pela revista UFO
Documento em setembro de 1991. Essas páginas hoje são identificadas
como o relatório da Primeira Missão, realizada entre 20/10 a 11/11/77. A FAB
abriu uma investigação, chegando a atribuir ao sargento Flávio Costa, um agente
de informações do I COMAR, que participou ativamente da operação e que estava
na reserva desde 1984, a responsabilidade pelo vazamento. Outra grande
quantidade de documentos, entre relatórios, croquis e desenhos foram vazados
nos anos seguintes por Ademar José Gevaerd, chairman da Revista
UFO. Em 2017 o site BURN publicou uma coleção de
fotografias e fotogramas de filmes Super-8 feitos pelos militares e pela
imprensa paraense[27] e o site operacaoprato.com divulgou
outros documentos inéditos como o relatório médico militar da Operação Prato e
documentos do 4.º Distrito Naval da Marinha.
Em 2004, uma campanha pela liberação de informações sobre
objetos voadores não identificados recolheu milhares de assinaturas, capitaneada
pela Comissão Brasileira de Ufólogos – CBU.
Em 5 de maio de 2008, foi encaminhado ao Ministério da
Defesa ofício do Subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil
da Presidência da República, recomendando providências para acesso público à
documentação referente a OVNIs, conforme solicitação da CBU, que fosse passível
de desclassificação de seu grau de sigilo ou material não sigiloso ou que
tivesse sido vencido seu prazo de sigilo, e posterior envio ao Arquivo
Nacional. Em 23 de abril de 2009, o Centro de Documentação da Aeronáutica
- CENDOC, enviou ao Arquivo Nacional no Distrito Federal os primeiros
documentos sobre a operação militar no Pará. Os documentos recebidos pelo
Arquivo Nacional são organizados em fundos, um deles passou a ser o Fundo BR
DFANBSB ARX – objeto voador não identificado (ovni). Ele está associado ao
órgão FAB-CENDOC. Ainda em 2009, o GSI, liberou dezenas de páginas de
documentos do antigo SNI sobre a operação no Pará. Entre eles um informe da
Agência de Belém para a Agência Central do SNI em Brasília sobre a Operação
Prato. Uma observação importante: os arquivos GSI/SNI não estão na base de
dados do Sistema de Informações do Arquivo Nacional – SIAN, portanto, não podem
ser acessados eletronicamente como os demais documentos. Eles não pertencem ao
fundo OVNI/FAB-CENDOC. Eles são atrelados ao SNI e a ditadura, que é um outro
fundo ainda não disponível no SIAN. No entanto, os arquivos do GSI/SNI
podem ser acessados no site de Fernando Rodrigues no
UOL.
O lote GSI/SNI continha várias páginas iguais ou semelhantes
àquelas existentes nos relatórios vazados, confirmando a autenticidade de
muitas delas. O principal documento liberado pelas autoridades chama-se Registros
de Observações de OVNI, uma coletânea de 130 registros, emitido pelo I
COMAR e enviado ao Estado Maior da Aeronáutica em fevereiro de 1979. Um
cruzamento desses registros oficiais com existentes em documento vazado,
denominado Resumo Sintético Cronológico, onde estão relacionadas
284 observações militares e relatos de civis, permite obter 99,2% de
comparações positivas entre os documentos nas datas e horários, com descrições
entre idênticas e muito semelhantes, com apenas um registro em cento e trinta
sem seu par correspondente. Outro cruzamento, desta vez de um subconjunto de
122 observações militares de 1977 do vazado Resumo Sintético
Cronológico com seus pares registrados nos relatórios de missão
vazados, obtêm-se uma correspondência 94,2% de comparações positivas.[32]
Em outubro de 2007, o filho do sargento Flávio Costa, Fernando,
declarou que foi responsável pela manipulação e ampliação de pontos luminosos
em filmes fotográficos da operação de modo a parecerem discos voadores, durante
o processo de revelação no laboratório fotográfico improvisado na residência de
seu pai, na Vila Militar
Conjunto de observações e relatos
A coletânea dos registros de observações realizadas pelos
agentes da 2ª Seção, pelos informantes civis e informantes militares
registrados nos documentos Resumo Sintético Cronológico (vazado)
e o Registros de Observações de OVNI(oficial), incluem, além do
período clássico da Operação Prato, período posterior de monitoramento do I
COMAR, finalizado em novembro de 1978. O primeiro é o conjunto total de
observações, incluindo satélites artificiais. O segundo, um extrato particular
dos objetos observados, considerados relevantes e não identificados.
Documento
|
Total Registros
|
1977
|
1978
|
Resumo Sintético-Cronológico
|
284
|
195
|
89
|
Registros de Observações de OVNI
|
130
|
82
|
48
|
Gráfico dos Relatos e Observações do documento Resumo
Sintético-Cronológico – 1977.
Região
Mapa dos
Principais Municípios do Pará cobertos pela Operação Prato em 1977.
Região atingida no Pará
A região afetada pelos fenômenos no Pará concentrou-se numa
faixa de cerca de 260 quilômetros do litoral nordeste paraense banhado pelo
Oceano Atlântico. No extremo leste o Rio Gurupi, divisa natural com o Maranhão e a
oeste da Baía do Marajó.
Região coberta pela Operação Prato As
localidades geográficas cobertas foram principalmente a Baía do Marajó, Baía do
Sol, Rio Bituba, Ilha de Colares e municípios de Santo Antônio do Tauá,
Vigia, Colares, Ananindeua, Castanhal e Belém (Ilha do Mosqueiro).
Primeira
missão militar 20/10 a 11/11/77
No dia 20 de outubro de 1977, uma equipe da seção de informações
do I COMAR, conhecida como 2ª Seção ou A2, composta de três agentes, saiu de
Belém em direção ao município de Santo Antônio do Tauá, distante cerca de 60 km
da capital. Nos primeiros dias realizaram várias entrevistas com habitantes dos
municípios de Tauá, Colares e de povoados do município de Vigia, como Santo
Antônio do Ubintuba, Vila Nova do Ubintuba e Paraíso do Ubintuba. Realizam
também as primeiras observações de objetos voadores, alguns identificados,
outros não. Nos dias 26 e 27 de outubro de 1977 se deslocaram para a região o
chefe da 2ª Seção, o então coronel Camillo Ferraz de Barros e uma equipe médica
militar.]Dois outros importantes personagens[37] militares participaram dessa
missão, o sargento Flávio Costa e, à época capitão, Uyrangê Hollanda, ambos
lotados na 2ª Seção.
A base de operações se estabeleceu em Colares dia 29 de outubro
e Hollanda assumiu a chefia da operação em 01 de novembro. O sargento Flávio
Costa registrou em relatório específico uma descrição de como os cidadãos de
Colares estavam percebendo os fenômenos e como estavam sendo afetados. Conta
dos ataques com foco de luz, a “histeria coletiva”em que se
encontrava a população e testemunha as constantes procissões de moradores
soltando fogos e tiros para afugentar as luzes. Em resumo, a sociedade local
estava apavorada. Também deixou claro o papel negativo e irresponsável da
imprensa na criação do chupa-chupa: “do monstro criado pela imprensa”.
Segundo o relatório a região “(...) tem por habitantes pessoas de
índice cultural, socioeconômico e sanitário dos mais baixos, aliados a
crendices e formação simples, facilmente influenciados pelos meios de
comunicação, nem sempre usados por pessoas escrupulosas.". No dia
01/11 encontramos o maior contingente militar registrado na documentação da
Operação Prato: o chefe da 2ª Seção, o chefe da operação, uma equipe de três
sargentos da 2ª Seção e quatro tripulantes de um helicóptero Bell H-1H Huey. Ao
todo 9 militares.
Observações militares significativas
1 de novembro de 1977 – 19h00min – Município de Colares Um
corpo luminoso amarelado de forte intensidade vindo da Baía do Sol,
inicialmente a 2.000 m de altitude entrou no campo de visão dos militares e
da população. Vinha em trajetória descendente ligeiramente curva emitindo
lampejos azulados intensos. Possuía em sua parte superior um semicírculo
avermelhado. Sua velocidade era cerca de 800 km/h, mas na retomada do voo
em ascensão acelerou surpreendentemente atingindo velocidade
supersônica, curvou levemente no sentido contrário à primeira curva,
alterou sua cor para vermelho rubro e parou de emitir os lampejos azulados.
Registros
números 27 e 28, 6 de Novembro de 1977, do documento Registros de Observações
de OVNI.
6 de novembro de 1977 05h20min e 05h25min – Município de Colares Às
05h20min, vindo da direção sudoeste, sobre a Baia do Marajó, a 5.000 m de
distância um corpo luminoso de cor amarelo avermelhado seguiu uma trajetória
reta descendente, emitindo lampejos intermitentes azulados de intenso brilho.
Chegou a 500 m de distância e 200 m de altitude. Abruptamente virou
para a esquerda na direção sul-sudeste, em ascensão, com recuperação de
velocidade, subindo para 3.000 m de altitude e atingindo velocidade
supersônica, sem emitir boom sônico ou
deslocar o ar, numa rota em direção ao município de Tauá em longa reta.
Às 05h25min outra passagem de corpo luminoso amarelo
avermelhado, vindo da Baía do Marajó pela direção nor-noroeste, começou a
ganhar grande velocidade. O objeto procedeu a uma curva em ascensão a esquerda,
quando a distância estimada de 800 m, fez outra curva agora para o
nordeste, nesse momento foi estimada em 1.500 m sua altitude e velocidade
acima de 800 km/h; assumiu uma trajetória reta, desaparecendo rapidamente.[41]
Colares,
Campo do Luzío – Local de observação registro 28 – Registros de Observações de
OVNI – I COMAR.
Para maiores informações sobre a OPERAÇÃO PRATO , leiam a matéria completa no Site da Revista UFO . obrigado .
http://www.ufo.com.br/noticias/saiba_sobre_a_operacao_prato_na_amazonia
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