A Batalha de Los Angeles
Para entender a importância deste
evento vamos, antes de qualquer coisa, analisar o contexto da época em que o
fato ocorreu. Desde 1931, o Japão vinha mantendo uma política agressiva para
com a China. Em 1937, começou uma guerra em larga escala entre os dois países
resultando em uma invasão em larga escala do território chinês, por forças
japonesas. Com a elevação do moral japonês a ambição e a confiança
tomaram conta da cabeça dos lideres japoneses. Assim, as produções bélicas
japonesas aumentaram ainda mais com a construção de aviões, porta-aviões e
outros materiais bélicos, já preparando uma guerra em larga escala.
Os Estados Unidos enviaram uma pequena
força de combate em apoio à China. Os "Flying Tigers". Além
disso, cortaram o fornecimento de petróleo e aço aos japoneses prejudicando
suas operações contra a China. Esse foi apenas um dos motivos para o ataque
japonês à Base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941.
do ponto de vista estratégico, o ataque possibilitaria tempo aos japoneses para
a invasão de ilhas no Pacífico Sul, para a obtenção de matérias primas para
alimentar a máquina de guerra.
Como o ataque à Peal Harbor, a Segunda
Guerra torna-se de fato mundial, com o envolvimento de todos os continentes.
Nos Estados Unidos decretou-se estado de guerra, iniciando-se o treinamento e
embarque de soldados para os chamados Teatros de Guerra. Foram estabelecidos
sistemas de defesa aérea e naval, para impedir quaisquer operações militares
sobre os Estados Unidos. Uma destas defesas consistiam no estabelecimento de
vários postos de defesa munidos com canhões antiaéreos. Para operação noturna
foram disponibilizados potentes holofotes permitindo a contínua operação destas
armas. A defesa naval, por sua vez, utilizava as ilhas de San Miguel, Santa
Rosa, Santa Cruz, Santa Catalina e San Clemente como base apoio.
A Batalha
Todo essa força bélica, e milhares de
soldados operando estes equipamentos nada puderam fazer durante o misterioso
episódio ocorrido nas primeiras horas da madrugada de 25 de fevereiro de 1942.
Milhares de moradores da região acordaram com sirenes ou com os disparos do
Grupo de Defesa Aérea. Calcula-se que em toda a região haviam aproximadamente
12 mil residências onde os moradores, apavorados, testemunharam o impressionante
episódio. No dia seguinte moradores, militares e governantes estavam
assustados. Depois de milhares de disparos direto contra o alvo localizado,
nada foi derrubado. Vários automóveis e residências danificados por estilhaços
dos disparos. Três pessoas morreram atingidas por estes estilhaços e outras
três morreram por ataques cardíacos.
As autoridades militares não sabiam o
que informar à população. Ocorreram várias declarações, conflitantes entre si,
mas o mistério permaneceu. Até hoje não se tem uma estimativa exata do numero
de objetos envolvidos no incidente. Algumas pessoas declaram terem observado um
único objeto que voaria a aproximadamente 300 Km por hora. Outros afirmaram que
eram vários objetos luminosos. Houve quem afirmou ter visto várias esquadrilhas
com objetos de tamanhos variados sobrevoando a região. Torna-se difícil, hoje
em dia separar relatos sérios de afirmações embaladas na histeria daquele dia.
Houveram também depoimentos a respeito de aeronaves de caça do 4º Esquadrão de
Interceptação teriam decolado para repelir os invasores. Os militares,
entretanto negaram este afirmação.
Depois de inúmeras contradições, os
militares afirmaram que o episódio originou-se em uma operação coordenada do
Japão, através de aeronaves, com o apoio de um submarino, com o objetivo de
causar medo e diminuir o moral do país na guerra, encerrando a questão por aí.
Eles citaram inclusive um possível ataque de um submarino em 23 de fevereiro em
uma instalação de armazenamento de óleo nas proximidades de Santa Bárbara.
Entretanto, se observarmos todos os detalhes referentes ao estranho episódio
conclui-se que tal desculpa é inconsistente.
A chamada Batalha de Los Angeles
começou na noite de 24 de fevereiro quando várias pessoas identificaram
estranhos objetos luminosos nos céus. Algumas pessoas entraram em contato com a
Brigada de Artilharia Costeira, responsável pela defesa aérea na região. Os
objetos foram captados por radares e acompanhados detidamente pelos militares.
Estes objetos adotaram uma formação em V, padrão utilizado por aeronaves
militares. Em função disso, por volta das 2:25 hs foram acionadas as sirenas de
alerta para ataques aéreos. Foi ordenado um blackout em toda a região e os
holofotes foram ligados. Pilotos de combate foram posicionados para decolarem
quando fosse necessário.
Às 3:16 hs, a 37º Brigada de Artilharia
Costeira identificou os OVNIs e começou a disparar contra eles, utilizando
dezenas de baterias antiaéreas com munição 12.8 libras. Foram efetuados 1440
disparos até por volta das 4:14 hs. Os objetos deslocaram-se da região de Santa
Monica para Long Beach, percorrendo todo o trajeto em 20 minutos. O blackout e
o alerta somente foram retirados às 7:21 hs.
No dia 26, os jornais de todo o país
estamparam a notícia do alarme ocorrido em Los Angeles e publicaram numerosos
depoimentos de testemunhas, inclusive de repórteres locais que testemunharam
todo o episódio. Bil Henry, do Los Angeles Times declarou: "Eu estava
muito longe do local, sem poder identificá-lo. Eu aposto que havia numerosos
disparos sobre o objeto". Peter Jenkins, do Los Angeles Herald Examiner,
declarou: "Eu podia ver claramente a formação em V, de cerca de 25
aeronaves prateadas movendo-se lentamente sobre Long Beach".
As Tentativas de Explicação
Diante de tanta exaltação pública, o
então secretário da Marinha, Frank Knox, convocou uma coletiva de imprensa onde
afirmou que todo o episódio tratou-se de um alarme falso ocasionado por tesão
de guerra. Alguns jornalistas presentes não aceitaram a explicação e
suspeitaram que algum tipo de acobertamento estava ocorrendo. No editorial do
jornal Long Beach Independent, lia-se: "Existe uma misteriosa reticência
envolvendo o assunto e parece haver alguma forma de censura que está tentando
segurar as discussões sobre o fato".
No dia seguinte, o Secretário de
Guerra, Stimson declarou que haviam 15 aeronaves não identificadas envolvidas,
deslocando-se a 300 km por hora, mas que nenhuma delas foi abatida. Ele afirmou
que seu objetivo era impor o medo e baixar a moral do povo americano. Como os mares
eram constantemente vigiados tanto por navios de guerra quanto por aeronaves, a
possibilidade de tratar-se de um ataque a partir de Porta-Aviões estaria
descartada. Especulou-se então que os japoneses teriam embarcado aviões no
submarino observado em Santa Barbara, que teriam decolado e realizado sobrevoos
em Los Angeles provocando todo o alerta. Se levarmos em conta os fatos chegamos
à conclusão de que esta explicação é infundada. Primeiro vamos avaliar a
possibilidade de cada uma das diferentes versões levantadas pelas autoridades
militares americanas à época do fato.
A hipótese mais difundida pelos
militares dos Estados Unidos é a de uma operação japonesa em larga escala com o
intuito de espalhar o terror e afetar o moral americano. Podemos começar nos
questionando o que causaria mais terror em uma população em tempos de guerra?
Seriam aeronaves desconhecidas sobrevoando suas cabeças sem realizar ações de
ataque, ou aeronaves desconhecidas bombardeando cidades supostamente seguras?
Com certeza a segunda possibilidade seria a mais aterrorizante. Então nada
justifica uma ação japonesa desta natureza, em um território inimigo, sem
qualquer tipo de apoio, e sem que exista qualquer benefício posterior de tal
ofensiva. Mas supondo que os militares japoneses optassem por realmente
realizar uma ação não destrutiva em território americano. O meio mais rápido,
fácil e eficiente seria através de Porta-Aviões que transportariam todo o
pessoal necessário, combustível e demais equipamentos necessários para este tipo
de operação. A autonomia dos caças japoneses da época não permitiria um voo
direto a partir da base mais próxima, muito menos um sobrevoo e posterior
retorno, sendo assim o uso de uma base aeronaval móvel seria indispensável.
Levando-se em conta o fator estratégia de guerra, um Porta Aviões, devido à sua
importância, jamais navega sozinho. Sempre existe um comboio de proteção. Em
uma região constantemente patrulhada e vigiada por americanos, um comboio desta
natureza não passaria desapercebido. Além disso, tamanha força de combate é
mobilizada quando existe importância estratégica, ou seja, causar o máximo de
prejuízos ao inimigo. Como vimos, o evento de Los Angeles não se enquadra nessa
categoria.
Segundo o governo americano o ataque
teria sido realizado a partir de um submarino japonês que no dia 23 teria
atacado ao norte de Los Angeles. Durante a SGM, o Japão inovou e construiu uma
nova classe de submarinos capazes de transportar entre um e três hidroaviões de
ataque. O primeiro deles começou a operar militarmente em 21 de novembro de
1941 e transportava apenas uma única aeronave, modelo Yokosuka E14Y. No ataque
do dia 23, apenas um unico submarino foi detectado, não havendo quaisquer
indícios de outros submarinos na área. Se levarmos em conta o registro por
radar de vários objetos desenvolvendo velocidades que variavam de 0 (estático)
à 320 Km/h, e os inúmeros depoimentos de testemunhas que relataram a presença
de vários objetos, podemos, podemos excluir um possível ataque japonês. Além
disso temos o fato que após intenso fogo antiaéreo nada foi abatido, mesmo
tendo sido visualmente atingido pelos disparos.
Uma segunda hipótese bastante difundida
é referente aos balões Fugos engenhosamente utilizado pelos japoneses em
ataques à grandes distâncias. Este tipo de balão transportava uma carga
explosiva combinando minas, hidrogênio e dispositivos incendiários. Eles
utilizavam uma corrente de ar, em altas altitudes que os transportavam para
leste. Vários destes balões caíram em território americano, mas os danos causados
foram mínimos. Aqui também podemos nos questionar sobre a ausência de destroços
do alegado balão. Nada foi encontrado que reforçasse a idéia ter ocorrido um
ataque com o uso de um Fugo. A terceira hipótese e a mais correta é a de que se
trata realmente de um objeto voador não identificado (OVNI), pois até hoje a
natureza deste objeto é desconhecida. O que permanece é o grande mistério sobre
a origem do insólito objeto. Não era avião japonês e não era balão. Na famosa
fotografia obtida na ocasião observa-se um objeto claramente discóide iluminado
pelos holofotes. Tal objeto foi intensamente alvejado e saiu absolutamente
ileso como que a zombar de nossas capacidades bélicas da época. Os governantes
ficaram impressionados gerando o embrião do que mais tarde viria a ser
conhecido como política de acobertamento.
“Era tão grande!
Era simplesmente enorme! E estava praticamente sobre a minha casa. Nunca vi
nada assim na minha vida! Disse, “Estava ali a pairar no céu e praticamente não
se movia”.
“Era de um encantador laranja pálido e a coisa mais bonita que poderá ver. Pude ver perfeitamente porque estava mesmo muito perto. Era enorme!”
“Foi como o 4 de Julho mas muito mais ruidoso. Eles dispararam como loucos mas nem lhe tocaram”.
“Nunca esquecerei como foi uma magnífica visão. Simplesmente maravilhoso. E que cor linda!”
“Era de um encantador laranja pálido e a coisa mais bonita que poderá ver. Pude ver perfeitamente porque estava mesmo muito perto. Era enorme!”
“Foi como o 4 de Julho mas muito mais ruidoso. Eles dispararam como loucos mas nem lhe tocaram”.
“Nunca esquecerei como foi uma magnífica visão. Simplesmente maravilhoso. E que cor linda!”
Na imagem do jornal acima, vemos algumas testemunhas indicando estragos causados por estilhaços do fogo antiaéreo
Submarino japonês da Segunda Guerra Mundial capaz de transportar um caça, em representação
Modelo de avião embarcado em submarinos japoneses que segundo autoridades americanas teria ocasionado os alarmes na madrugada de 25 de fevereiro de 1942.
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