O ET De Varginha


Incidente de Varginha ou Incidente em Varginha, como ficou conhecido pela imprensa brasileira, foi uma possível série de aparições de OVNIS - Objetos Voadores Não Identificados, e a captura de seres extraterrestres inteligentes (pelo menos um deles ainda vivo) pelas autoridades militares brasileiras em 20 de janeiro de 1996, no município de Varginha, sul do estado de Minas Gerais, município conhecido como centro de região produtora de café.

Tais relatos foram primeiramente transmitidos em um programa de TV dominical, o Fantástico, da Rede Globo, e rapidamente reuniu extensa cobertura de mídia em todo o mundo, incluindo um artigo no The Wall Street Journal.
Em 1996 e nos anos seguintes, um grande número de matérias jornalísticas e documentários relacionadas ao fato foram editados com base em relatos, testemunhos e entrevistas com testemunhas, realizados por jornalistasbrasileiros e estrangeiros, mas não apresentaram nenhuma prova física.
Em fevereiro de 2017 foi divulgado um documento do Ministério da Aeronáuticaonde fazendeiros e comerciantes afirmaram terem visto OVNIs ao redor do município, em 1971. Segundo o documento o OVNI sobrevoou a Escola de Sargentos das Armas EsSA, em Três Corações e causou alguns transtornos aos moradores

                                             

                                              As criaturas

Segundo relatos da mídia, a criatura foi avistada por três mulheres de 14 a 21 anos: as irmãs Liliane e Valquíria Fátima Silva, e sua amiga Kátia Andrade Xavier. Elas alegadamente viram a criatura na tarde de 20 de janeiro de 1996: Um bípede decerca de 1,6 metros de altura, com uma cabeça grande e corpo muito fino, com pés em forma de V, pele marrom e grandes olhos vermelhos. Parecia estar trêmula ou instável, e as garotas achavam que estava ferida ou doente.

As irmãs Silva disseram que fugiram e disseram à mãe que tinham visto o "diabo". A mulher não acreditou nelas até que foi para a área onde elas supostamente tinham visto a criatura, e notou que o local tinha um cheiro forte de amônia, e não encontrou nada além de seus passos e um cachorro cheirando o lugar. Depois de relatar seu conto à família e amigos, rumores começaram a se espalhar por toda a cidade sobre avistamentos de OVNIs e criaturas alienígenas sendo abduzidas pelas forças militares. Dois dias depois, outra criatura teria sido encontrado deitado ao longo de uma estrada. Três caminhões militares foram supostamente enviados para recuperá-lo.
Uma criatura similar teria sido vista no zoológico local pelo zelador. Nos meses seguintes, três animais misteriosamente morreram.


                                        Aparições de OVNIs

Oralina e Eurico de Freitas, proprietários de uma fazenda na cidade, viram um UFO pairando sobre seu gado. Oralina foi atraída pela agitação súbita em seus animais e viu o objeto voador depois que ela foi verificar o que os estava perturbando. O objeto supostamente pairava sobre seu campo por 40 minutos

                            Inquérito Policial Militar - IPM

Em 29 de janeiro de 1997, o Comandante da EsSA determinou a instauração do IPM 18/97 sobre alegações contidas no livro Incidente em Varginha, de autoria de Vitório Pacaccini e Maxs Portes, que propalavam fatos controversos capazes de ofender as Forças Armadas, incitar militares da EsSA a revelarem dados sigilosos sobre a instituição e atribuir a EsSA testemunhos para acobertar incidente com extraterrestre. Foram ouvidos militares e os ufólogos Vitório Pacaccini e Ubirajara Franco Rodrigues.
O resultado do IPM foi levado a público pela mídia em outubro de 2010 


Concluiu-se que da leitura atenta do livro verificou-se apenas pesquisas pseudo-científicas e descrições de caráter sensacionalista, baseadas em provas testemunhais de validade duvidosa.
Que toda a história orbita o avistamento de uma criatura por três meninas no Jardim Andere, durante chuva intensa e ventos fortes, que levaram os bombeiros a vários atendimentos na região. Que o Comandante do 24o Batalhão de Policia Militar “apresentou fotografias (...) de um cidadão conhecido como mudinho, que provavelmente apresenta algum desvio mental e cujas características físicas puderam ser posteriormente evidenciadas no estudo fotográfico de simulação (...) tornam mais provável que a hipótese de que este cidadão, estando provavelmente sujo, em decorrência das fortes chuvas, visto agachado junto a um muro, tenha sido confundido, por três meninas aterrorizadas, com uma criatura do espaço.”.
O encarregado do IPM, tenente-coronel Lúcio Carlos Finholdt Pereira declarou:
“Dessa maneira, a presença dos Bombeiros no Jardim Andere, o estacionamento de caminhões do Exército na proximidades da concessionária onde seria realizada sua manutenção periódica, como consta nas Fl Nr 219, 262, 269 e 272, e a ida de viaturas EsSA à localidade de Jaguariúna-SP para buscar forragem para os cavalos arraçoados, conforme o disposto nestes autos à Fl Nr 262 e 302, foram fatos reais, que na concepção do autor - sob a forma entusiasmada de denúncia -, interpretou-se como sendo elementos do Corpo de Bombeiros e da Escola de Sargentos das Armas que tivessem participado da captura, e posteriormente do transporte da suposta criatura para Campinas.”.
A conclusão do IPM foi de que a obra era de caráter ficcional, e que apesar da ingenuidade, não existiu prática de crime.

Em artigo no Portal Burn, o ufólogo Edison Boaventura Jr apontou vários erros no IPM. Afirma que os ufólogos Vitório Pacaccini e Ubirajara Rodrigues já haviam levantado a hipótese da criatura ser o cidadão mudinho. Entrevistaram familiares de Mudinho e também as três jovens que avistaram a suposta criatura: elas declararam que já conheciam Mudinho na vizinhança e portanto não o teriam confundido.
Sobre a movimentação dos veículos militares naqueles dias, citou os depoimentos de um vigia e de um veterinário, que atestaram terem visto caminhões militares.
Que testemunhas importantes não foram ouvidas, especialmente no caso do policial militar da P2, Marco Eli Chereze, tais como membros da família, nem do parceiro de farda e nem do último médico que o atendeu, antes do falecimento.
O falecido ufólogo Claudeir Covo argumentou que não estava chovendo quando as três meninas viram a criatura e que a concessionária referida no IPM costumava fechar nos fins de semana (dia 20 era um sábado), contestando alegação do IPM de que não houvera deslocamentos nesse dia, mas sim dias 25 e 26. Disse também que o endereço da concessionária era diferente no Sistema Integrado de Administração Financeira do governo (SIAFI) e na nota fiscal anexada ao inquérito.
O ufólogo Marco Antônio Petit destaca que as três meninas jamais iriam descrever a criatura da forma que fizeram se fosse o mudinho: assustadora, baixa estatura, cabeça desproporcional em relação ao corpo, protuberâncias ou ondulações na cabeça, olhos grandes, saltados e vermelhos. Não notaram a presença de uma boca, além de outros detalhes. A cor da pele era marrom. E se pergunta: Como elas teriam sido capazes de confundir uma criatura com essa tipologia, com um ser humano, mesmo que deficiente?

                                         Morte do militar

Cesário Lincoln Furtado, um dos médicos que tentou salvar a vida de Chereze, disse numa entrevista em 2016 que após o militar ser internado em estado grave, todos os exames possíveis foram feitos, mas não deram nenhum resultado satisfatório.

“"Eu e outro médico demos os dois melhores antibióticos que tinham na época, e ele não melhorou nada. Era como dar água com açúcar (...) As bactérias detectadas no exame eram sensíveis aos antibióticos, mas ele não reagiu, esse é que é o grande detalhe (...) Talvez tenha visto isso uma ou duas vezes na vida.

Leila Cabral, uma bióloga do Zoológico de Varginha disse que foi informada por um funcionário do local que o Corpo de Bombeiros procurou por ela dizendo que estavam com "um bicho muito esquisito" e só iam entregar para ela. Cabral disse em uma entrevista em 2016 que os bombeiros não voltaram e que de fevereiro até abril daquele ano começaram a morrer alguns animais no zoológico.
“"Eles começaram a morrer de um jeito muito estranho. Simplesmente morriam. Não tinha explicação plausível. Uns cinco animais morreram (...) Não sei se é extraterrestre, mas algo estranho aconteceu.
Após as mortes, Cabral e outro veterinário do zoológico, Marcos Mina fizeram necropsias nos animais. No resultado do laboratório de Belo Horizonte, foi detectada uma substância tóxica-cáustica desconhecida. A morte dos animais também foi dada como desconhecida. Segundo o veterinário Marcos Mina, os animais mortos foram espécies de veado catingueiro, anta e jaguatirica. A necropsia detectou um enegrecimento na mucosa do estômago e intestino dos mesmos. Foi cogitado um possível envenenamento, mas esta hipótese foi descartada.
“"O problema foi esse. Eles tinham os mesmos sintomas na necropsia, mas eram animais de espécies diferentes e que se alimentam de formas diferentes. Ficavam em lugares diferentes [no zoológico]. Também não deu bactéria [no exame], então é isso que deixa complicado o negócio."[3]

As irmãs Liliana e Valquíria, que viram o ser desconhecido, disseram que cerca de quatro meses após o ocorrido, cinco homens apareceram na casa delas por volta das 22 horas.
“"Queriam que a gente desmentisse o que viu em frente a uma câmera. Pagariam pra gente (...) com esse dinheiro daria pra gente sair do Brasil. (...) Nós ficamos com medo (...) Mas nem cogitamos aceitar a proposta.
— Liliane
Segundo as mesmas, os homens misteriosos começaram a seguir as mães delas e também a fazer telefonemas. Com medo, elas deram entrevistas à imprensa e a perseguição cessou.

                            Censura das autoridades

Marco Antonio Petit disse que várias fontes recolheram depoimentos relevantes de diversas testemunhas e eles foram "acobertados" pelas autoridades do Brasil:
“"Fontes militares, cujos depoimentos foram gravados pelos principais investigadores envolvidos com a pesquisa do caso, incluindo a minha pessoa. (...) [T]enho apresentado os nomes não só dos principais militares envolvidos, incluindo altas patentes do Exército Brasileiro, como de autoridades civis do governo Fernando Henrique Cardoso, que tiveram participação na história, partilhando os interesses que levaram ao acobertamento da verdade.
Em outra entrevista afirmou:
“"Gravei depoimentos em vídeo com militares brasileiros que participaram de toda a operação e que dão detalhes de tudo - e que não hesitam em confirmar: eram seres extraterrestres e houve uma queda de uma espaçonave. Também tenho depoimentos de civis. Não posso divulgá-los por questões éticas, pois eu me comprometi com o sigilo, já que as consequências podem ser graves para os envolvidos.[22]"”







Por outro lado, o Incidente de Varginha trouxe efeitos sócio-econômicos à cidade de Varginha devido ao turismo. Os bonecos na forma de Grey com o uniforme de times de futebol começaram a ser vendidos no local. Foram construídos pontos de ônibus em formatos de naves espaciais e uma enorme caixa d'água no centro. O desenho do Grey foi usado eventualmente nas ilustrações de campanhas publicitárias.



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